Novo Alcance

Dirijo-me mais aos de fora

Nota: O seguinte texto faz parte de um trabalho sobre a importância de voltar ao primeiro amor. Restauração. Arrependimento. As palavras de Jesus em Mateus 10.14 ainda valem hoje para os servos e evangelizadores. O que isso tem a ver com o Novo Alcance? Talvez seja hora de focar mais nos de fora e naqueles irmãos que já se definiram em termos da sã doutrina. Os outros já ouviram mil vezes. Vamos para aqueles que ouvirão. Busquemos os receptivos.


Digo com pesar (...) que muitos dentro do nosso próprio povo têm perdido a visão da restauração. Cada vez mais me dirijo aos de fora, que ainda não resolveram aceitar somente as Escrituras como autoridade e viver plenamente conforme o que está escrito nelas. De certa forma, estamos sacudindo a poeira contra os que não mantêm o ensino de Cristo para abraçar as práticas e doutrinas dos homens. A rejeição da verdade é fatal.

Paulo escreveu que “Himeneu e Fileto (…) se desviaram da verdade, afirmando que a ressurreição já aconteceu, e com isso perverteram a fé em alguns” 2 Timóteo 2.17-18 A21. Na mesma carta, ele insistiu que Timóteo proclamasse a Palavra de Deus:

Porque chegará o tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, desejando muito ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo seus próprios desejos; e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão para as fábulas. 2 Timóteo 4.3-4 A21.

Vivemos em tempos como aqueles, quando as pessoas, de propósito, “desviam os ouvidos da verdade”. Outras versões dizem que “recusarão a dar ouvidos à verdade” (NVI, NAA, VFL, VCM). A ignorância é deliberada. Também é a rejeição da verdade.

Vale notar também que ao rejeitarem a verdade, não existe o vazio; as pessoas abraçam as fábulas. Estas, provavelmente, eram produções judaicas que consistiam em “interpretações alegóricas ou lendárias do A.T. (…) tipo de reescrever as Escrituras de modo imaginativo” (Kelly 1983, 51). Hoje também pessoas dentro da igreja estão reescrevendo a Bíblia, dando-lhe novas interpretações e idealizando o que é para ser entendido e praticado na concretude.

É assustador o apelo e alerta do texto de Hebreus 10.19-31. O perigo que o autor abordou foi a tentação de abandonar Cristo face à perseguição e, como resultado, ausentar-se das reuniões das congregações. Destaca-se abaixo o texto no meio do trecho:

Se continuarmos intencionalmente no pecado, depois de receber o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma terrível expectativa de juízo e um fogo ardente que destruirá os adversários. Hebreus 10.26-27 A21.

Se isso não aterroriza o leitor, nada o fará. Por isso tantos inventam um Deus açucarado que não faria mal a ninguém, que salvaria a todos, que no último dia se abrandaria e voltaria para trás mudando os termos de entrada no Céu. Um Deus de amor e misericórdia cujo lado de severidade sumiu. Mas Romanos 11.22 não sumirá nunca das páginas da Bíblia, como muitas outras que mostram a santidade e a justiça do Deus Criador.

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